A vacina da Rússia contra a Covid-19 não teve efeitos adversos e induziu a uma resposta imune. Essa é a conclusão do estudo, com resultados preliminares, que foi publicado na revista científica “The Lancet”, uma das mais importantes do mundo na área cientifica nesta sexta-feira (04/09). Diante desta notícia, o governo do Paraná adiantou que os testes podem ser iniciados dentro de um mês. As informações são do Bem Paraná com assessoria.
No Brasil, o governo do Paraná firmou uma parceria para desenvolver a vacina russa e, nesta sexta (04/09), informou que o pedido de registro do imunizante à Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) deve ser feito em 10 dias. Os testes no país devem começar em 1 mês. Mais detalhes serão divulgados nesta manhã de sexta-feira, 4 de setembro.
Chamada de “Sputnik V”, a imunização foi registrada no mês passado na Rússia, mas a falta de estudos publicados sobre os testes gerou desconfiança entre a comunidade internacional.
De acordo com os resultados publicados, referentes às fases 1 e 2, não houve efeitos adversos até 42 dias depois da imunização dos participantes, e todos desenvolveram anticorpos para o novo coronavírus (Sars-CoV-2) dentro de 21 dias.
Os cientistas do Instituto Gamaleya, que desenvolveu a vacina, disseram à imprensa que essa resposta foi maior do que a vista em pacientes que foram infectados e se recuperaram do novo coronavírus naturalmente.
A vacina russa foi testada em 76 pessoas. Todas receberam uma forma da vacina, sem grupo de controle. Os resultados sugerem que a vacina produz uma resposta das células T, um tipo de célula de defesa do corpo, dentro de 28 dias. As células T têm, entre outras funções, destruir células infectadas por um vírus. Os cientistas do Gamaleya afirmaram que as respostas de células T vistas com a vacina indicam não só uma resposta imune forte, mas de longo prazo.
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Do Bem Paraná