
Isolado no partido, o ex-governador Roberto Requião já admite deixar o PT, legenda a que aderiu em março de 2022 depois de décadas no MDB. Ele confirma já ter sido procurado por lideranças da Rede e do Solidariedade. De acordo com reportagem do jornal O Estado de São Paulo, o presidente do Solidariedade, Paulinho da Força, pretende vir ao Paraná em agosto para conversar com o ex-governador.
“Entrei no PT pra derrotar Bolsonaro e acreditando em Lula. Faço críticas construtivas, mas estou isolado no PT, não tenho contato com mais ninguém. Saí do MDB, entrei no PT e estou marginalizado. Não preciso de cargo, já fui governador, fui presidente da representação brasileira no Parlasul. Quero ser ouvido”, afirmou Requião ao Estadão.
O ex-governador disputou o Palácio Iguaçu no ano passado, garantindo um palanque para o presidente Luiz Inácio Lula da Silva no Estado (PT). Após a derrota para Ratinho Júnior (PSD), ele se sentiu “escanteado” pela legenda. Esperava ser indicado por Lula para ser diretor-geral da Itaipu, mas foi preterido pelo deputado federal Ênio Verri, aliado da presidente nacional da sigla e deputada federal Gleisi Hoffmann. Requião recusou a oferta de uma indicação para conselheiro da usina.
A possibilidade de cassação do mandato de Sergio Moro (União Brasil) pela Justiça Eleitoral por abuso de poder econômico e caixa dois fez Requião a cogitar uma candidatura ao Senado, em uma eleição suplementar. Mas no PT, outros dois nomes já se colocaram para disputar a vaga: a própria Gleisi e o deputado federal e líder da legenda na Câmara, Zeca Dirceu.
Do Bem Paraná.