O subprocurador da República e ex-ministro da Justiça Eugênio Aragão divulgou uma nota, publicada no site Diário do Centro do Mundo, pedindo desculpas ao deputado federal e líder do governo na Câmara Ricardo Barros (PP-PR), e ao Estado do Paraná, por ter feito uma denúncia inverídica envolvendo o deputado e o Tecpar.
Na semana passada, Eugênio Aragão (que foi ministro da justiça durante o governo de Dilma Rousseff) realizou uma denúncia afirmando que o ministro da Saúde, Eduardo Pazuello, teria proposto a compra de 200 milhões de doses do Fundo Soberano da Rússia, que não fechou o contrato, pois o governo federal queria condicionar o negócio ao laboratório paranaense Tecpar, que foi citado erroneamente como empresa privada de Barros, sendo que o laboratório pertence ao Governo do Estado do Paraná.
O deputado é conhecido como “político de resultados”, justamente por lutar de forma ferrenha em Brasília e pelos interesses dos municípios e órgãos do Governo do Estado, entre os quais, o Tecpar, obtendo importantes conquistas:
“Eu luto pelo Tecpar, mas o laboratório não é meu, é do Paraná”, afirmou.
Antes que viessem os esclarecimentos sobre a quem pertence o Tecpar, o ex-governador do Paraná e ex-senador Roberto Requião (PMDB-PR), muito ligado ao PT, um dos principais partidos opositores ao Governo Bolsonaro, usou suas redes sociais para repercutir a acusação equivocada.
Após perceber que se tratava de órgão público Estadual, Eugênio Aragão publicou a seguinte nota:
“Errei. Errei sobre supostas tratativas do General Pazuello com o Fundo Soberano Russo para aquisição de 200 milhões de vacinas.
Teria o referido então Ministro da Saúde feito proposta de compra, mas indicando o nome de empresa paranaense para fazer a aquisição. Disse eu que essa empresa seria privada e ligada ao Deputado Ricardo Barros.
Pois vim a saber que privada não é. Tratar-se-ia da TECPAR, empresa pública estadual e a prospectiva compra nada tem a ver com o deputado, que está isento de qualquer participação.
Quero pedir desculpas ao senhor Ricardo Barros, por ter permitido que mau juízo a seu respeito pudesse ser disseminado.
Fui precipitado em minhas assertivas e injusto. Peço-lhe desculpas e ao Estado do Paraná publicamente, porque públicas foram minhas palavras.
Desculpe, deputado Ricardo Barros. Reconheço que deveria ter tido maior cuidado com a notícia e não foi correto tê-lo envolvido nela.”
Eugênio Aragão
Já Requião, preferiu chamar a atenção do subprocurador em uma nova postagem:
“Eugênio Aragão pisou na bola. O laboratório que se propunha a importar a vacina russa era de propriedade do estado do Paraná, e não do deputado Ricardo Barros”.
Foto: Divulgação / Justiça Eleitoral