O presidente da República, Jair Bolsonaro (sem partido), usou o WhatsApp para ajudar na convocação de atos do dia 15 de março contra o Congresso Nacional. Os atos foram organizados por grupos de direita. As informações são da jornalista Vera Magalhães, do site BR Político, ligado ao Estadão.
Segundo a jornalista, a mensagem compartilhada do celular do presidente tem um vídeo sobre a facada ocorrida durante o período eleitoral, afirmando que ele “quase morreu” para defender o Brasil. “Ele foi chamado a lutar por nós. Ele comprou a briga por nós. Ele desafiou os poderosos por nós. Ele quase morreu por nós. Ele está enfrentando a esquerda corrupta e sanguinária por nós. Ele sofre calúnias e mentiras por fazer o melhor para nós. Ele é a nossa única esperança de dias cada vez melhores. Ele precisa de nosso apoio nas ruas”, diz o vídeo.
“Dia 15.3 vamos mostrar a força da família brasileira. Vamos mostrar que apoiamos Bolsonaro e rejeitamos os inimigos do Brasil. Somos sim capazes, e temos um presidente trabalhador, incansável, cristão, patriota, capaz, justo, incorruptível. Dia 15/03, todos nas ruas apoiando Bolsonaro”, afirma o vídeo.
Oposição reage
O líder da oposição na Câmara, deputado Alessandro Molon (PSB-RJ), propôs uma reunião de emergência entre os presidentes da Câmara, Rodrigo Maia (DEM-RJ), do Senado, Davi Alcolumbre (DEM-AP), e líderes dos partidos para decidir o que fazer diante das manifestações do presidente Jair Bolsonaro contra o Congresso.
O ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva escreveu nesta terça-feira, 25, em sua conta no Facebook, que o Congresso, as instituições e a sociedade precisam tomar uma posição “urgente” diante do vídeo compartilhado.
No mesmo dia, o ex-ministro Ciro Gomes (PDT-CE), candidato derrotado à Presidência da República, cobrou uma reação dos eleitores ao vídeo.
Foto: Divulgação/Agência Brasil/Antonio Cruz
Do Bem Paraná, com informações do BR Político / Estadão