Indicado pelo presidente Jair Bolsonaro para a Procuradoria-Geral da República, subprocurador Augusto Aras passa, na manhã desta quarta-feira (25), por sabatina na Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania do Senado Federal.
Aras foi questionado pelos senadores sobre a atuação do Ministério Público, do qual será chefe, na Operação Lava Jato. Esta, vem recebendo críticas de advogados e dos Tribunais Superiores, por diversos abusos e excessos, bem como, da classe política, que acusa os procuradores de usar a força tarefa para criminalizar a política.
O subprocurador respondeu elogiando os resultados obtidos pela Lava Jato. Mas lembrou que sempre viu “excessos” sendo cometidos na operação. E prometeu “correções”:
A Lava Jato é um marco, traz boas referências. Mas é preciso que nós percebamos que toda experiência nova traz dificuldades. Sempre apontei os excessos, mas sempre defendi a Lava Jato. A Lava Jato é resultado de experiências anteriores. Esse conjunto de experiências gerou um novo modelo, passível de correções. Espero que possamos fazer juntos”.
Apesar do presidente Jair Bolsonaro ter agradado tanto a situação quanto a oposição com a indicação de Augusto Aras, o Ministério Público e a Lava Jato estão descontentes com o novo chefe. Os receios são de interferência nos trabalhos da Lava Jato e a falta de independência. Aras negou:
Não faltará independência a esse indicado. Não há alinhamento no sentido de submissão a nenhum dos poderes, mas respeitos as instituições”.
Como A Política Paraná já antecipou, um dos primeiros atos de Augusto Aras na PGR deve ser substituir Deltan Dallagnol na coordenação da operação Lava Jato em Curitiba.
Foto em destaque: Pedro França/Agência Senado
